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Workshop sobre Indicadores de Sustentabilidade em Agrossistemas aborda impactos da metodologia desenvolvida pela EPAMIG

Workshop sobre Indicadores de Sustentabilidade em Agrossistemas aborda impactos da metodologia desenvolvida pela EPAMIG

Palestras e mesas redondas destacam ainda experiências com outras ferramentas usadas ao redor do mundo

Público acompanha apresentação da pesquisadora Maria de Lourdes Mendonça, da Embrapa Solos, sobre o Programa Nacional de Solos do Brasil e sua articulação com a metodologia ISA. Foto: Pedro Veras/Epamig

(Belo Horizonte – 23/5/2023) A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) realiza, na sede da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), o II Workshop Sobre Indicadores de Sustentabilidade em Agrossistemas – ISA, gratuito e presencial. O evento acontece nos dias 23 e 24 de maio, e reúne pesquisadores, técnicos e extensionistas de todo o estado para discutirem resultados, desafios e sugestões para o aprimoramento da ferramenta.

A metodologia ISA, desenvolvida em 2008 pela EPAMIG em parceria com outras instituições, congrega 21 indicadores que possibilitam que uma propriedade rural seja abordada de maneira ampla, com caracterizações socioeconômicas e ambientais. Dentre os dados incluídos no método estão, por exemplo, a produtividade, o preço de venda, a diversidade de renda, a qualidade da água e do solo, o gerenciamento de resíduos e a conservação da vegetação nativa.

Foto: Pedro Veras

Um dos organizadores do Workshop, o pesquisador da EPAMIG José Mário Lobo Ferreira, destacou que o evento está sendo uma oportunidade para avaliar o uso da ferramenta ISA em diferentes iniciativas, por meio do levantamento de experiências, demandas, desafios e sugestões de adição de novos parâmetros.

“É um tema complexo, pois o método aborda três dimensões distintas que são a econômica, a social e a ambiental. Então a proposta é que, a partir das experiências apresentadas no Workshop, possamos pensar em formas de melhorar a ferramenta, para que ela possa auxiliar ainda mais no planejamento estratégico das propriedades rurais, bem como no processo de tomada de decisões e no trabalho de gerenciamento feito por gestores públicos”, destacou José Mário.

Pesquisador da EPAMIG Sede, José Mário Lobo Ferreira, durante sua apresentação no Workshop. Foto: Pedro Veras/Epamig

Ainda segundo o pesquisador, que é responsável pelos estudos e levantamentos do ISA, a ideia é que a metodologia melhore a gestão ambiental das áreas agrícolas, apoiando agricultores a produzirem com melhores desempenhos e gerando novas formas de renda.

“Do ponto de vista do poder público, o objetivo é que possamos discutir um balanço ambiental amparado pelo método, para auxiliar programas, políticas e projetos do estado. Com isso, há oportunidades que podem surgir, como o pagamento por serviços ambientais e a certificação com selos verdes, por exemplo”, explicou ele.

As palestras abordam temas diversos, como a necessidade de o Brasil produzir mapeamentos de solo mais detalhados, que possam auxiliar na atualização da metodologia ISA, bem como os impactos da aplicação da ferramenta em território brasileiro. Além disso, também estão sendo apresentadas experiências com o uso de outros indicadores de sustentabilidade em produções agrícolas ao redor do mundo, com destaque para nações africanas como Tanzânia, Malawi, Etiópia e Angola.

Parte da programação teve transmissão ao vivo pelo canal da EPAMIG no YouTube.

Uma das participantes do workshop é Antonella Tonidandel, engenheira de operações agroflorestais da Fundação Renova, organização criada para a reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, no município de Mariana (MG). Segundo ela, a fundação tem utilizado a ferramenta ISA com êxito para auxiliar agricultores e pecuaristas locais e espera que o evento traga importantes melhorias para a metodologia.

“Trouxemos alguns desafios que tivemos para implantar a metodologia e também nossas expectativas para o futuro dessa ferramenta, que é muito importante para nós. Ela funciona realmente e tem sido muito bem utilizada por nós há 5 anos. Esperamos que ela se torne uma ferramenta nacional e que ao longo do evento consigamos discutir formas de popularizá-la ainda mais” contou Antonella. A engenheira disse que vai apresentar uma sugestão para que o método ISA tenha uma aplicação mais padronizada, podendo, assim, atender diferentes perfis de propriedades rurais.

A programação do evento vai até a tarde desta quarta-feira (24/5). Mais informações pelos telefones (31) 3891-2646 e (31) 3489-5070, ou pelo e-mail dvtd@epamig.br.

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