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Projeto que avalia Cultivares de Café apresenta primeiros resultados

Projeto que avalia Cultivares de Café apresenta primeiros resultados

Parceria entre EPAMIG, Federação dos Cafeicultores do Cerrado e a Fundaccer acompanha o desempenho de variedades de café em diferentes microrregiões

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(Belo Horizonte – 6/12/2019) A parceria entre a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), a Federação dos Cafeicultores e a Fundação de Desenvolvimento do Café do Cerrado (Fundaccer) apresentou, nesta semana, os primeiros resultados do projeto “Unidades Demonstrativas para Validação de Cultivares de Cafeeiro para as Condições da Região do Cerrado Mineiro”. O trabalho avalia o desempenho de variedades de café desenvolvidas pelo Programa de Melhoramento Genético da EPAMIG em propriedades comerciais no Cerrado Mineiro, para identificar os materiais mais adequados e produtivos para diferentes condições de clima e solo.

O projeto, que conta com o apoio financeiro do Consórcio de Pesquisa Café, possui experimentos implantados em 25 propriedades, de 12 municípios da região, além de uma unidade no Campo Experimental da EPAMIG em Patrocínio. Dessas unidades, 21 tiveram a primeira colheita em 2019. As amostras passaram por avaliações de produtividade, rendimento e qualidade de bebida, com resultados bastante promissores. “Os ganhos foram muito acima do esperado. Temos motivos para acreditar que vamos garantir o aumento da produtividade e da qualidade dos cafés do Cerrado Mineiro mudando a variedade cultivada”, analisa o pesquisador da EPAMIG Gladyston Carvalho.

Cada cafeicultor recebeu resultados individualizados de sua propriedade. A análise abrange diferentes climas, microrregiões e condições de manejo, em áreas irrigadas e de sequeiro. São 12 cultivares avaliadas, sendo nove do Programa de Melhoramento da EPAMIG e três de referência Catuaí 144, pela produtividade; Bourbon amarelo, pela qualidade;  IAC 125 RN, resistente à ferrugem. As cultivares também foram analisadas sensorialmente e as melhores provadas pelos produtores em um cupping. Em uma média geral, a cultivar MGS Paraíso 2, desenvolvida pela Epamig, tem apresentado boa produtividade e superioridade, também, na analise sensorial.

Melhores amostras foram provadas pelos produtores em um cupping - Crédito Federação de Cafeicultores do Cerrado
Melhores amostras foram provadas pelos produtores em um cupping – Crédito Federação de Cafeicultores do Cerrado

O produtor César Jordão, do município Monte Carmelo, está otimista com os resultados iniciais. “Essas cultivares que estão sendo testadas tem se mostrado superiores aos padrões da nossa Região, que são Catuaí e Mundo Novo. Cada propriedade tem as suas características próprias, mas já é um início para verificarmos os potenciais e definirmos futuramente quais variedades plantar”, afirma.

O coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento da Fundaccer, João Paulo Felicori avalia a importância do projeto e destaca que os resultados serão compilados e difundidos entre os cafeicultores da região. “Ao final do projeto, esperamos poder disponibilizar para os produtores, uma maneira rápida e segura para escolha de cultivares, na qual o cafeicultor informa onde será o plantio e como resposta, terá duas ou três opções de cultivares”, explica.

O projeto prevê o acompanhamento da colheita e do desempenho das unidades ano a ano até 2021. Os resultados apresentados aos produtores participantes, serão compartilhados durante o Encontro de Inovação e Tecnologia para a Cafeicultura do Cerrado Mineiro que acontece no dia 29 de abril de 2020, no Centro de Excelência do Café, em Patrocínio.

Produtores recebem resultados das primeiras avaliações - Crédito Federação do Cafeicultores do Cerrado
Produtores receberam os resultados das primeiras avaliações em dezembro de 2019 – Crédito Federação do Cafeicultores do Cerrado

O projeto “Unidades Demonstrativas para Validação de Cultivares de Cafeeiro para as Condições da Região do Cerrado Mineiro” tem o apoio do Consórcio de Pesquisa Café, da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Instituto de Nacional de Ciência e Tecnologia do Café (INCT Café).

* Com informações da Federação dos Cafeicultores do Cerrado

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