A mastite está entre as enfermidades que mais afetam os rebanhos leiteiros no mundo, causando perdas econômicas para o produtor de leite e para a indústria de laticínios em função da redução da quantidade e do comprometimento da qualidade do leite produzido. A doença pode, inclusive, causar a perda total da capacidade secretora da glândula mamária. “Os programas de prevenção e controle da mastite são baseados em práticas de manejo na ordenha, com ênfase na desinfecção dos tetos pós-ordenha, utilização correta do equipamento de ordenha, antibioticoterapia terapêutica e profilática, segregação ou descarte de animais persistentemente infectados”, explica Cristiane.

A pesquisadora alerta que a contagem de células somáticas (CCS) do leite total do rebanho é um importante indicativo da prevalência de mastite e da qualidade da composição do leite. “Rebanhos com baixas CCS apresentam menores perdas na produção e produzem leite com melhor qualidade composicional. Pesquisas demonstram que, nesses, rebanhos há uma redução no uso de antibióticos para tratamento da mastite, o que reduz também o risco de contaminação do leite com resíduos”, afirma Cristiane, que complementa, “O Brasil tem apresentado muitos avanços em relação à qualidade do leite produzido, principalmente, após a implementação da legislação para o setor de lácteos”.
A mastite e vários outros fatores que podem influir na qualidade final do leite, como alimentação, nutrição, controle de carrapatos e pastagens, serão abordados por pesquisadores da EPAMIG, instituição vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, nos dias 6 e 7 de novembro, quarta e quinta-feira próximas, durante o treinamento “Estratégias para melhoria da qualidade do leite”. O curso, que acontece no Campo Experimental Santa Rita, em Prudente de Morais, é destinado a extensionistas da regional Unaí da Emater-MG.