Evento comemorou os 45 anos de regulamentação da profissão biólogo
(Brasília – 25/9/2024) A pesquisadora Maria Eugênia Lisei de Sá da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) está entre os profissionais, que foram homenageados pela Câmara Legislativa do Distrito Federal em comemoração ao Dia do Biólogo e aos 45 anos de regulamentação da profissão. A solenidade contemplou biólogos pioneiros na atividade.
Na EPAMIG desde 1987, Maria Eugênia Lisei possui mestrado em Agronomia (Fitotecnia) pela Universidade Federal do Ceará (1984), doutorado em Genética e Bioquímica pela Universidade Federal de Uberlândia (2004) e pós-doutorado em Biotecnologia pelo Institute de Recherche pour le Développement-França (2013). Atualmente, coordena a implantação do Programa Especial de Pesquisas em Biotecnologia da EPAMIG e é pesquisadora- colaboradora na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Cenargen).
Ao longo de sua trajetória, a pesquisadora acumulou experiência nas áreas de cultura de tecidos vegetais, multiplicação de mudas, melhoramento genético da soja e desenvolvimento de cultivares soja para a alimentação humana, entre outras. “A biotecnologia é uma área transversal que perpassa diversas vertentes da pesquisa agropecuária com a finalidade de gerar produtos que auxiliem no melhoramento vegetal e animal.”, afirma Maria Eugênia.
“Como um programa de pesquisa, as ações da EPAMIG na biotecnologia vêm sendo estruturadas nos últimos dois anos. Temos desenvolvido projetos voltados para a implementação de soluções tecnológicas que viabilizem maior produtividade, preservação ambiental e o atendimento a demandas de produtores rurais e do mercado consumidor”, completa a pesquisadora.
As atuais linhas de pesquisa da EPAMIG em biotecnologia na produção vegetal buscam a propagação de espécies in vitro; o diagnóstico molecular de doenças de plantas; a limpeza de cultivares infectadas; a edição do genoma da soja visando à redução de inibidores de protease; a utilização de bioinsumos no manejo de pragas e doenças na agricultura; a preservação e intercâmbio de germoplasma; e a produção de metabólitos secundários in vitro. Na produção animal, os trabalhos envolvem a bovinocultura e abrangem: reprodução assistida e avaliação de custos; avaliação de vacina recombinante para doenças respiratórias; identificação, caracterização e ciclo de ectoparasitas; utilização de bioinsumos no manejo de ectoparasitas.
“Dentre os projetos em andamento, temos um para a produção de mudas de oliveira in vitro que busca gerar materiais de alta qualidade genética e sanitária, livres da Xylella fastidiosa, doença bacteriana que tem causado danos à produção mundial. E outro para o monitoramento do Rhabditis spp – espécie parasitária que pode causar otite em bovinos”, destaca Maria Eugênia.