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Pastejo com aveia aumenta produtividade de vacas leiteiras no inverno

Pastejo com aveia aumenta produtividade de vacas leiteiras no inverno

Trato em pastejo na aveia

(Patos de Minas, 24.08.17) Resultados da pesquisa sobre utilização da aveia na alimentação de vacas leiteiras estão sendo apresentados a produtores rurais do Alto Paranaíba durante a Semana Coopatos que termina no próximo domingo (27).

O estudo feito este ano comprova que o trato em pastejo com aveia, se comparado ao trato com silagem de milho, aumenta a produtividade de leite em 16,1% ao dia. Outra vantagem desse sistema é a redução de até 30% no custo de produção, já que não é necessário fazer silagem.

A pesquisa, financiada pela Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), é realizada no Campo Experimental de Sertãozinho da EPAMIG, em Patos de Minas, desde o início de 2016. De acordo com o pesquisador da EPAMIG Maurício Antônio de Oliveira Coelho, nesta segunda fase do projeto, a aveia foi plantada em abril e maio e as vacas mestiças foram soltas 50 dias depois para o pastejo no intervalo entre a primeira e a segunda ordenha. Cada piquete de 200 metros quadrados recebeu nove animais.

A primeira fase do projeto, realizada no ano passado, quando a aveia foi fornecida picada, no cocho, também apresentou bons resultados. “Concluímos que esse sistema de fornecimento de aveia não reduz a produção de leite se comparado à silagem de milho”, afirma o pesquisador. Segundo ele, a produção de aveia pode chegar de 40 a 45 toneladas de hectares de matéria verde e 18% de matéria seca. ”Comparada com a silagem de milho, a aveia tem o dobro de proteína chegando a 26%, enquanto a média do milho é de 11%”, informa.

Corte para trato com aveia
Corte para trato com aveia – Divulgação EPAMIG

O pesquisador aposta na aveia como alternativa para reduzir o efeito da sazonalidade na produção leiteira e a rotação de culturas na região do Alto Paranaíba. O estudo mostra que o ideal para esta cultura típica de inverno é ser cultivada entre os meses de maio e agosto, de acordo com o clima da região.  “É uma opção de forragem para o produtor de leite nesta época, onde normalmente as propriedades estão com suas áreas paradas, pois já colheram o milho ou sorgo da cultura de verão”, comenta.

O uso da aveia forrageira ainda é uma novidade em algumas propriedades. Esta gramínea rústica, resistente a pragas e doenças, tem excelente capacidade de perfilhamento e produção de massa verde. Exige bastante água, sendo necessário fazer uso de irrigação. Sua semente é colocada no solo através da semeadura direta a lanço ou semeadura com utilização de máquinas próprias para outras culturas. A aveia, como as plantas das culturas anuais, necessita de um mínimo de nutrientes para ter uma boa produção. Ela possui várias formas de forragens como: silagem, feno, corte e pastejo direto.  Além disso, tem alto poder de rebrota o que permite o pastejo até agosto. Já na matéria seca, pode ter até 26% de proteína dispensando a suplementação com ração.

Os produtores do Alto Paranaíba poderão ter acesso a mais informações sobre esta e outras pesquisas no estande da EPAMIG durante a Semana Coopatos, no Parque de Exposições Sebastião Alves do Nascimento, em Patos de Minas, de 24 a 27 de agosto, das 14 às 22 horas.

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