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Oportunidades e desafios para a citricultura mineira

Oportunidades e desafios para a citricultura mineira

Belo Vale
Belo Vale é o maior produtor de tangerina ‘Ponkan’ em Minas Gerais – Divulgação Secretaria de Agricultura de Belo Vale

(Belo Horizonte – 18/04/2016) – O município de Belo Vale, maior produtor de tangerina ‘Ponkan’ em Minas Gerais, sedia no próximo dia 28 de abril, o Encontro Técnico de Citricultura. O evento, realizado pela EPAMIG  em parceria com a Prefeitura Municipal, vai discutir a atividade no Estado e dar orientações para o combate do HBL/Greening, a mais destrutiva doença dos citros no Brasil.

Durante o Encontro, que será realizado no Centro Comunitário, a pesquisadora da EPAMIG Sul Ester Alice Ferreira abordará a citricultura mineira, destacando as potencialidades e desafios. A pesquisadora informa que a região Central do Estado é a maior produtora de citros, sendo que os municípios de Belo Vale, Brumadinho e Bonfim somam uma área plantada de aproximadamente 3.000 hectares de laranja, limão e tangerina.

Em Belo Vale, a área plantada é de, aproximadamente, 1400 hectares de tangerina ‘Ponkan’, com produtividade média de 35 toneladas por hectare. “A tangerina é a principal fruta cítrica da região, que se destaca nacionalmente na produção de ‘Ponkan’, mas também cultiva as variedades ‘Murcott’ e ‘Rio’”, informa Ester. Outro destaque tem sido a produção de limão ‘Tahiti’. “A área plantada saltou de 14 hectares no ano de 2010 para 380 hectares em 2014”, completa.

Os pesquisadores Renato Beozzo Bassanezi (Fundecitrus) e Eduardo Augusto Girardi (Embrapa) falarão sobre a identificação e manejo do HBL/Greening. A doença, conhecida também como ‘Amarelão’, ataca plantas cítricas e pode ocorrer em qualquer fase do desenvolvimento. Laranjeiras e tangerineiras estão entre as espécies mais afetadas, mas quaisquer citros são suscetíveis a esta doença. “Embora não se tenha nenhum dado oficial da ocorrência da doença na região, é muito provável que já esteja presente e o objetivo das palestras neste tema é orientar os produtores’’, afirma Ester.

As inscrições para o Encontro Técnico de Citricultura são gratuitas e podem ser feitas na data e local do evento. Mais informações (31) 3734-1699.

HBL/ Grenning

A primeira ocorrência da doença no Brasil foi em 2004 no estado de São Paulo. A transmissão se dá por um inseto psilídeo chamado Diaphorina citri, já presente em vários estados, que adquire a bactéria ao se ali­mentar de uma planta infectada. O primeiro sintoma de contaminação é o aparecimento de um ramo amarelo que se destaca dos demais ainda verdes. À medi­da que a doença evolui, outros ramos amarelos vão surgindo até que todas as folhas da copa da planta tornem-se amarelas. Numa fase seguinte, as folhas caem, o que causa seca e morte dos ponteiros.

No fruto, o principal sintoma é a redu­ção acentuada do tamanho. Sintomas externos também podem ser observados durante o amadurecimento dos frutos, como coloração ver­de irregular e inversão de cor durante a maturação (em um fruto sadio, a maturação se dá da parte basal para o centro; já em um fruto de uma planta contaminada, inicia-se do pedúnculo para o centro). Outro sintoma é a assimetria do fruto, quando um de seus lados de apresenta tamanho diferente. Os frutos perdem valor comercial por sua deformação e, por acumularem menos açúcares, tornam-se inadequa­dos para processamento de suco.

 

Encontro Citricultura 2016 - Belo Vale - Divulgação

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