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Novas diretrizes para a agroecologia em Minas Gerais

Novas diretrizes para a agroecologia em Minas Gerais

Carta com propostas para agroecologia em Minas foi entregue aos representantes da EPAMIG, Fapemig, Emater-MG e Seda durante encerramento do Seminário. Foto: Erasmo Pereira

Belo Horizonte (03/04/2017) – Proposições para o avanço da construção e disseminação do conhecimento em agroecologia foram entregues em documento elaborado durante o “Seminário Dialogar para Transformar”, realizado na última semana, em Belo Horizonte. Durante o Seminário foram elaboradas propostas por 91 representantes de diversas instituições, entre pesquisadores, extensionistas, gestores públicos, professores, agricultores, estudantes e representantes dos povos e comunidades tradicionais.

Um dos apontamentos do documento é a regulamentação e implementação da Lei Estadual 21.146/2014, que institui a Política Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica. “Minas já avançou significativamente com a criação de políticas públicas, que serão também base para outros estados, mas é preciso colocar em prática outras políticas que permitam a consolidação das experiências agroecológicas”, expõe a representante da Articulação Mineira de Agroecologia (AMA), Liliam Telles. Outra proposta é a criação de Câmara Técnica, constituída por especialistas em agroecologia, que possam fazer as análises de projetos enviados à Fapemig.

Para o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fapemig,  Paulo Beirão, é possível a criação dessa Câmara própria, com pessoas capazes de julgar e verificar as peculiaridades. “Vamos debruçar nessa proposta”, conclui. De acordo com o diretor de Operações Técnicas da EPAMIG, Trazilbo de Paula Júnior, diversas pesquisas e ações têm sido realizadas, inclusive com o apoio da Fundação, mas a disponibilização contínua de editais específicos fortalecerá esse trabalho. “Dentro do Programa Estadual de Agroecologia, criado em 2013, temos buscado estratégias ecológicas para o manejo de agroecossistemas, com vistas ao aumento da produtividade, sustentabilidade e resiliência dos sistemas agrícolas, por meio de metodologia participativa de pesquisa, buscando considerar os saberes tradicionais dos agricultores e suas diversidades”, indica.

Marcos na Agroecologia

A partir de 2000, o movimento pela construção da agroecologia, iniciado na década 1980, ganhou força com a realização do 1º Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA) e com a criação da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA). Em 2006, a Embrapa lançou o Marco Referencial em Agroecologia. Outras forças também foram criadas como a Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) e a AMA.

Para Juliana Simões, que é também coordenadora do Núcleo de Estudo em Agroecologia da EPAMIG (NEA), a multiplicação do conhecimento a partir dos NEAs é um exemplo da transição agroecológica em ambientes rurais, urbanos e formais. “Além de contribuir na elaboração de novos editais específicos- manutenção dos NEAs de Minas e linhas de pesquisas relacionadas à agroecologia, os desdobramentos do Seminário resultarão em publicações referentes ao papel desempenhado pelas instituições vinculadas ao Sistema de Agricultura de Minas e na possibilidade da transformação do quadro atual com vistas à indissocialbildiade ensino, pesquisa e extensão”, destaca Juliana.

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