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Indústrias do setor lácteo fazem balanço positivo do Hub Conecta Leite

Indústrias do setor lácteo fazem balanço positivo do Hub Conecta Leite

Evento do Governo de Minas recebeu 39 desafios, aproximando o setor laticinista com startups e pesquisadores na busca de soluções


O Hub Conecta Leite reuniu 12 empresas do setor de lácteos, 20 startups e 13 pesquisadores em 6 horas de encontro virtual, que integrou a programação do Minas Láctea 2021 e terminou nesta quinta-feira (15/7). O evento faz parte do Ciclo Hub de Inovação Aberta do Governo de Minas focado nas principais cadeias produtivas do agronegócio mineiro, com o objetivo de proporcionar oportunidades para as empresas buscarem soluções tecnológicas ou acadêmicas para os gargalos enfrentados no dia a dia.


Foram apresentados 27 desafios para soluções tecnológicas e 12 para pesquisa. “Acreditamos que muitas das demandas propostas estiveram diante de soluções viáveis tanto de base tecnológica quanto científica”, avalia a assessora técnica da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) Manoela Teixeira.


O gerente da Rocca Indústria e Comércio de Alimentos Ltda, Guilherme Carvalho Costa, apresentou na rodada de negócios o desafio de desenvolvimento de um aparelho medidor de brix de forma automatizada. A medição de brix é utilizada para determinar a concentração de açúcar em preparos industriais. “Como produtor de doce de leite, a nossa dificuldade é tentar padronizar ao máximo a qualidade de todas as produções, porque o ponto do doce e a finalização do processo de fabricação acabam sendo muito manuais e “no olho” de quem está tomando conta da produção. A gente utiliza o medidor, mas acaba sendo um processo muito manual ainda”, explica.


Durante o encontro, o gerente Guilherme Costa conversou com duas empresas que têm condições de apresentar soluções para o problema. “É um desafio bem grande. A ideia é ter o medidor acoplado ao tacho e que ele seja capaz de reconhecer o ponto ótimo do doce, indicando que o tacho pode ser desligado. Se funcionar, vai ser um salto tremendo pra gente e algo inovador para o setor”, afirma.


Na avaliação do aluno de Mestrado em Ciências Farmacêuticas na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Thiago Zacaron, o evento foi importante tanto para o setor lácteo quanto para o acadêmico. “É isso que vai possibilitar avanço tecnológico para conseguirmos vender produtos com alto valor agregado e não só commodities”, pontua. A equipe acadêmica da UFJF recebeu o desafio de conseguir fazer a secagem do pingo, que é o fermento natural usado na fabricação de queijos artesanais.


O laticínio Scala apresentou cinco desafios, a maioria relacionada à sustentabilidade, buscando soluções que gerem menos impacto ambiental no processo produtivo. Outra demanda apresentada foi o desenvolvimento de soluções para otimizar as vendas digitais da empresa, tendo em vista todas as mudanças que estão ocorrendo no comportamento do consumidor, aceleradas pela pandemia.  “O evento é muito importante porque nos dá a oportunidade de nos conectarmos com outras empresas, com quem está pensando em inovação, olhando para o futuro. Isso é muito positivo”, afirma a Head de Inovação do Laticínio Scala, Larissa Sarmento Macedo.


O Laticínio Verde Campo apresentou desafios ligados à eficiência energética. “O laticínio preza pela inovação e a aproximação com startups proporciona outra visão, novas possibilidades de se fazer os processos de modo diferente. Foi muito positiva a nossa participação e as conversas já clarearam algumas ideias do nosso time e estou com boas expectativas”, afirma Marina Orlani, da área de gestão de projetos do laticínio. 


O Hub Conecta Leite foi promovido pelas secretarias de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e de Desenvolvimento Econômico (Sede), em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), Sindicato das Indústrias de Laticínios (Silemg), Federação da Agricultura e Pecuária (Faemg) e das Indústrias (Fiemg).

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