Feira reuniu produtos feitos com tecnologias desenvolvidas pela EPAMIG, assistidos por extensionistas da Emater-MG e certificados pelo IMA
(Belo Horizonte – 13/12/2019) Quem passou pelos arredores da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na quinta (12) e sexta-feira (13) teve a oportunidade de experimentar e adquirir produtos típicos da culinária mineira na feira “Do campo à mesa”. Durante os dois dias de evento, o hall de entrada da ALMG recebeu mais de 30 produtores de várias regiões do estado. O público se deliciou com produtos como queijos, azeites, mel, vinhos, cervejas, cachaças, cafés, doces e embutidos.
O evento, idealizado pelo 1º vice-presidente da ALMG, deputado Antônio Carlos Arantes, contou com a organização de diversos setores da Casa legislativa e com a parceria da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e de suas vinculadas. A feira reuniu produtos feitos com tecnologias desenvolvidas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), certificados pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e assistidos por extensionistas da Emater-MG.
Durante a abertura da feira, Antônio Carlos Arantes destacou o papel das empresas vinculadas à Seapa no desenvolvimento do Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais. “Se hoje nós temos vinhos e azeites de qualidade reconhecida no mundo todo, é por causa da EPAMIG. Se hoje nós temos produtores assistidos com tecnologias em todo o estado, é porque temos a Emater que faz a diferença. Enfim, se temos o que temos hoje, devemos a empresas que estão unidas e com vontade de trabalhar”, declarou o deputado.
Em sua fala, a secretária de Agricultura, Ana Maria Valentini, ressaltou sua alegria de ver tantos produtores reunidos em um só local. Ana, que também é produtora rural, afirmou que produzir é difícil, mas vender é mais difícil ainda. Por esse motivo, a secretária parabenizou a iniciativa de dar visibilidade para produtores mineiros e reafirmou seu compromisso com os trabalhadores do campo. “Nossa culinária é conhecida como uma das melhores do país. Isso vem do jeito de fazer nossas coisas, com capricho e muito amor. O nosso trabalho é para incentivar cada vez mais nossos produtores para garantir renda, dignidade e oportunidades a eles”, enfatizou.
A presidente da EPAMIG, Nilda de Fátima, destacou que a ALMG é a casa do povo. Para ela, trazer o campo para dentro da Assembleia é dar o legítimo destaque para quem trabalha, na maior parte do tempo, no anonimato. “Ter o campo dentro da cidade é mostrar para quem vive prioritariamente em uma metrópole a importância do trabalhador do campo, o quanto ele produz para abastecer as nossas mesas”, afirmou Nilda.
O volume de vendas agradou os expositores. O representante da Associação dos Olivicultores da Mantiqueira (Assoolive), Luiz Antônio, saiu de Maria da Fé (MG) e se surpreendeu com a procura por azeites. “O movimento me agradou bastante. Pude conversar com muitas pessoas, responder dúvidas sobre azeites, vender nossos produtos. Enfim, a feira superou todas as minhas expectativas”, comemorou.
Luiz enfatizou que a EPAMIG foi a primeira empresa a extrair azeite extravirgem no Brasil e, por esse motivo, hoje a Assoolive conta com mais de 40 olivicultores em 26 municípios diferentes.
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De igual modo, o representante da vinícola Casa Geraldo, Tiago Costa, celebrou as vendas e pontuou o papel da EPAMIG na criação da tecnologia da dupla poda, que permitiu a produção de vinhos finos no Sul de Minas e a criação de marcas premiadas internacionalmente.
Degustações comentadas e gratuitas
A boa prosa mineira também se fez presente durante os dois dias de feira. Em um espaço montado logo ao lado dos estandes houve degustações comentadas de queijos, vinhos, espumantes, azeites e cafés. Quem visitou a feira pôde participar gratuitamente desses momentos e ainda conhecer mais sobre a atuação da EPAMIG.
A Q-grader Larissa Fassio falou de cafés especiais e deu dicas para escolha, preparo, acondicionamento e conservação da bebida. Já o pesquisador da EPAMIG, Francisco Câmara, conduziu degustações de vinhos e espumantes com ênfase no manejo de videiras sob dupla poda, tecnologia que permitiu produção de vinhos finos em Minas.
O coordenador do Programa de Pesquisa em Olivicultura da EPAMIG, Luiz Fernando de Oliveira, falou sobre a importância mundial da atividade, benefícios para saúde, importância culinária e uso do azeite para produção de cosméticos. Por fim, o professor da EPAMIG Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), Luiz Carlos Ferreira, comandou a degustação de queijos e apontou as características e possíveis harmonizações dos tipos mais consumidos, como prato, Minas padrão, reino, parmesão, além de requeijão e queijo de cabra.
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