Desde os tempos mais antigos as flores são utilizados pelos seres humanos para ornamentação, higiene, cuidados com a saúde e… na alimentação! Você sabia que é possível incorporar as flores em nossas refeições diárias e deixá-las bem mais saborosas e saudáveis?
No Brasil, com a valorização dos alimentos naturais, da alimentação viva e das plantas alimentícias não convencionais (PANCs), as flores comestíveis vêm ganhando uma visibilidade cada vez maior. É sobre esse assunto que vamos tratar na nossa segunda matéria da Série Especial EPAMIG.
Mas, antes de apresentar quais são as flores comestíveis, vamos responder duas perguntas importantes sobre o assunto.
Posso comer qualquer flor?
Se você já se fez essa perguntam, a resposta é: NÃO. Para consumir uma flor como alimento, você precisa ter certeza que ela foi produzida em sistemas agroecológicos, sem uso de agrotóxicos e de fertilizantes químicos. Flores vendidas para decoração e mudas de paisagismo não servem para consumo como alimento.
Se quiser comer flores, cultive você mesmo ou adquira em estabelecimentos confiáveis, que comercializam alimentos.
Como identificar flores comestíveis?
Tenha sempre em mente que nem toda flor é comestível. Se não tiver certeza, melhor não comer. Algumas variedades de flores já são bem conhecidas para alimentação humana , outras ainda estão sendo estudadas. Por isso, pesquise sempre, caso a caso.
Além disso, algumas flores são venenosas quando ingeridas, capazes de provocar reações alérgicas ou vômitos. Por exemplo, são tóxicas as flores das seguintes plantas: Amarílis, antúrio, azaleia, copo-de-leite, estrelícia, coroa-de-cristo, hortência, íris, lantana, palma-de-santa-rita e violeta africana.
Quais são as flores comestíveis?
São muitas! Todas as flores da lista abaixo podem ser usadas para decorar bolos e deixar mais saborosos pratos diversos.
- Abóbora, abóbora-listrada, mogango: salteadas, cozidas no arroz ou em risoto e suflê.
- Amor-perfeito, amor-perfeito silvestre, violeta-borboleta: saladas de frutas e sopas.
- Amor-perfeito, amor-perfeito-de-jardim: sopas, saladas e sobremesas.
- Beijo-de-frade, balsamina, bálsamo-de-jardim: saladas ou cristalizadas.
- Boca-de-leão: saladas ou cristalizadas.
- Barragem, borago: saladas, congeladas em cubos de gelo ou cristalizadas.
- Calêndula, malmequer, bonina: apenas as pétalas em saladas, arroz, pratos com peixes e frutos do mar, sopas, caldos, queijos, iogurtes, manteiga e omelete.
- Capuchinha, chaguinha, capuchinha-grande, agrião-dos-monges, nastúrcio: saladas, macarrão, omelete e suflês.
- Cravina: apenas as pétalas (retire a parte branca da base) em saladas, torta de frutas, sanduíches, queijo cremoso e cristalizadas.
- Dália, dália-de-jardim, adália: cruas, em saladas ou em canapés.
- Dente-de-leão, chicória-silvestre, taraxaco: capítulos fechados cozidos no vapor ou empanados, omeletes e panquecas. Flores frescas em saladas ou cristalizadas.
- Girassol, corona-solar, margarida-do-peru: somente as pétalas em saladas, sopas e canapés.
- Hibisco, hibisco-da-china, mimo-de-vênus, graxa-de-estudante: somente pétalas em saladas ou frescas.
- Malvavisco, hibisco-colibri, amapola: saladas, arroz ou geleias.
- Onze-horas, portulaca: pétalas frescas em saladas ou canapés.
- Ora-pro-nóbis, lobrobô: pétalas em saladas, omeletes, salteadas puras ou com carnes.
- Ora-pro-nóbis, rosa-madeira, rosa-mole, cacto-rosa: flores refogadas ou cozidas no arroz e feijão. Pétalas em salada.
- Rosa-miniatura, mini-rosa, roseira-miniatura: saladas, geleias, compotas ou cristalizadas.
- Serralha, chicória-brava: Flores e botões à milanesa ou à dorê.
- Vinagreira-roxa, vinagreira, groselheira: saladas ou geleias (duram apenas um dia).
Para mais informações, baixe a Cartilha de flores comestíveis da EPAMIG.
O Programa de Floricultura da EPAMIG fica situado no Campo Experimental de Risoleta Neves sob coordenação da pesquisadora Simone Novais. Dúvidas? Entre em contato pelo número (32) 3379-4983.