Secretário de Agricultura destaca importância do desenvolvimento tecnológico e de investimentos na EPAMIG
Poços de Caldas recebe, entre esta terça-feira (18) e a próxima sexta (21/10), o 46ª Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras. Com público estimado em 600 participantes, a edição marca a retomada das atividades presenciais, suspensas nos últimos dois anos em função das medidas de prevenção à covid-19. O evento é promovido pela Fundação Procafé, com a participação da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), Embrapa Café, Universidade de Uberaba (Uniube) e Universidade Federal de Lavras (UFLA).
Durante a solenidade de abertura, o secretário de Estado de Agricultura Thales Fernandes destacou a relevância da cultura para o setor agropecuário de Minas Gerais. “O café é o principal produto da pauta de exportações do agro mineiro, com receita de US$ 4,4 bilhões de janeiro a setembro”, afirmou, destacando a importância dos investimentos na EPAMIG. “O Governo de Minas está investindo R$ 60 milhões na EPAMIG, em pesquisas que incluem a cafeicultura. Conhecimentos que ajudam a gerar renda, emprego e dignidade no campo”, disse Fernandes, referindo-se aos cerca de R$ 35 milhões já aprovados em projetos, e aos cerca de R$ 25 milhões destinados a projetos que estão em avaliação.
Pesquisadores da EPAMIG participam do congresso com a apresentação trabalhos científicos que tratam da produção cafeeira, comercialização, manejo, entre outros assuntos relevantes sobre o tema. Escolhido pela Fundação Procafé, o pesquisador Gladyston Rodrigues Carvalho foi um dos homenageados pelas tecnologias e projetos desenvolvidos em prol da cafeicultura. Graduado em Agronomia pela UFLA, ele atua na EPAMIG desde 1997 com ênfase no melhoramento da produção cafeeira. “O Brasil é o maior polo de tecnologia em café do mundo. Ser homenageado como pesquisador destaque em um evento tão importante é motivo de muito orgulho e alegria. Agradeço aos colegas e à EPAMIG, pois se não fosse a empresa, não teria meu nome lembrado neste evento”, comemorou Carvalho.
A EPAMIG possui Unidades Demonstrativas na região dos cafés vulcânicos, que contempla os municípios mineiros de Andradas, Bandeira do Sul, Botelhos, Cabo Verde, Caldas, Campestre e Ibitiúra de Minas. As Unidades fazem parte do projeto de validação de cultivares, que são acompanhadas com o objetivo de definição das melhores variedades para a área. Estudos, análises químicas e biológicas do solo e monitoramento do clima são algumas das ações que estão em andamento. Além disso, a empresa também está inserida no trabalho de definição da indicação geográfica dos cafés vulcânicos.
Região vulcânica
A região vulcânica abrange 12 municípios localizados entre o sul de Minas Gerais e o nordeste de São Paulo. O café produzido no local apresenta características singulares, que junto ao clima e à altitude, são responsáveis por um produto de qualidade diferenciada que tem conquistado o mercado.
A Secretaria de Estado de Agricultura de Minas, por meio de suas vinculadas Emater-MG e Epamig, participou, há mais de 10 anos, da criação da Associação dos Produtores de Cafés da Região Vulcânica. A partir da assistência técnica aos produtores, desenvolvimento de pesquisas para o setor e organização de concursos de qualidade para os cafés, foi possível criar novas oportunidades para a cafeicultura local.
Além disso, atualmente, por meio do programa Certifica Minas Café, a região registra 24 propriedades cafeeiras certificadas. O programa atesta as boas práticas agrícolas e possibilita que o café vulcânico conquiste novos mercados em todo o mundo.
Reprodução SEAPA
Danielle Moura – Ascom/Seapa
Foto e vídeo: Divulgação/Seapa