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EPAMIG implanta Unidade Demonstrativa de palma forrageira no Leste de Minas Gerais

EPAMIG implanta Unidade Demonstrativa de palma forrageira no Leste de Minas Gerais

Palmal está localizado no município de Pocrane e é composto por três genótipos de palma forrageira resistentes à cochonilha do carmim

A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) está ampliando as pesquisas com palma forrageira no estado. Pioneira em desenvolver estudos com a cultura em municípios da região Norte, a empresa implantou uma Unidade Demonstrativa de palma forrageira no município de Pocrane, no Leste de Minas. O objetivo do estudo é analisar a adaptação da palma na região e oferecer aos produtores locais mais uma opção de alimentos forrageiros para rebanhos bovinos, ovinos e caprinos.

Em geral, os municípios do Norte de Minas enfrentam longos períodos de escassez hídrica. Porém, nos últimos anos, alguns municípios da região Leste também vêm apresentando reduções nos índices anuais de disposição hídrica, além de maior variabilidade espacial e temporal de precipitações de chuvas.

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De acordo com a pesquisadora da EPAMIG, Polyanna de Oliveira, a diminuição da quantidade de água na região Leste de Minas Gerais pode causar redução na produtividade de culturas forrageiras tradicionalmente cultivadas. “É nesse sentido que a palma forrageira se apresenta como uma importante alternativa para alimentação de animais, especialmente nos períodos mais secos do ano”, destaca Polyanna.

Como alimento incorporado à dieta animal, a palma forrageira possui uma série de características energéticas e pode ser utilizada em substituição total ou parcial de alimentos tradicionais, como o milho. Além disso, a palma se destaca por altos índices de produtividade por hectare e teores de nutrientes favoráveis ao desempenho dos rebanhos mesmo durante a seca.

A Unidade Demonstrativa do município de Pocrane foi implantada em setembro e é composta por três genótipos de palma forrageira: Orelha de Elefante Mexicana, Sertânia e Miúda. Os materiais são resistentes à cochonilha do carmim, praga que ataca plantios e pode dizimar palmais. “Em Minas Gerais, essa praga ainda não foi identificada. Por isso a importância de implantar palmais já com os genótipos que são resistentes”, explica a pesquisadora Polyanna.

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A etapa inicial dos estudos consiste em avaliar a adaptação dos genótipos à região. Uma vez constatados o bom desenvolvimento e a produtividade da palma forrageira, a equipe da EPAMIG vai distribuir raquetes para produtores locais interessados.

“A distribuição de raquetes de palma forrageira faz parte das ações do programa Rede Palma, já em execução no Norte de Minas e no Vale do Jequitinhonha. Ao receber as raquetes, o produtor precisa garantir que a plantação será bem cuidada. Além disso, após um ou dois anos, ele se compromete a devolver a mesma quantidade de mudas recebidas para alimentar o projeto e possibilitar a inserção de novos produtores na Rede”, conclui Polyanna.

A EPAMIG é uma empresa vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa). Interessados em palma forrageira devem entrar em contato pelo número de telefone (38) 3834-1760.

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