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EPAMIG implanta 50 Unidades Demonstrativas de arroz de terras altas em Minas Gerais

EPAMIG implanta 50 Unidades Demonstrativas de arroz de terras altas em Minas Gerais

Ações são voltadas para agricultores familiares, especialmente do Norte do Estado e do Vale do Jequitinhonha

(Belo Horizonte – 5/11/2024) A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), em parceria com Emater-MG e a Universidade Federal de Lavras (Ufla), iniciou a implantação de 50 Unidades Demonstrativas (UDs) de Arroz de Terras Altas em municípios do Vale do Jequitinhonha, Norte de Minas, Sul de Minas e Zona da Mata Mineira. A ação integra o trabalho de Melhoramento Genético e Difusão de Tecnologias sobre a cultura que está em expansão no Estado.

“Em 2023, em conjunto com a Emater-MG, implantamos 38 unidades demonstrativas com o intuito de testar as cultivares e capacitar agricultores familiares para fornecerem arroz ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Para este ano a demanda aumentou e mais de 100 interessados nos procuraram. Como em 2024, estamos comemorando os 50 anos da EPAMIG, selecionamos 50 produtores familiares para receberem as UDs”, explica a pesquisadora da EPAMIG Janine Guedes, responsável pelo trabalho.

O arroz é uma cultura não perene que necessita de replantio safra a safra. Por esta razão, a equipe de trabalho pretende capacitar os agricultores para que possam conduzir suas áreas nos próximos plantios. O ciclo médio de produção varia entre 120 e 130 dias do plantio à colheita, que, nestas unidades, deve ocorrer a partir de fevereiro.

“Estamos avaliando cultivares de arroz Agulhinha, grão longo, que são as de maior valor comercial, mais resistentes ao déficit hídrico e adaptadas para regiões de sequeiro. A semeadura acontece entre meados de outubro e o começo de dezembro, para que haja chuvas no período de florada”, informa a pesquisadora.

Na segunda quinzena de outubro, Janine esteve na região de Medina no Vale do Jequitinhonha para a implantação das UDs. Na semana de 11 de novembro, o plantio será em Guaxupé, no Sul de Minas, em área consorciada com o café. “Vamos atender a uma demanda dos produtores que querem aproveitar o espaço das ruas do café para cultivar arroz”, conta Janine. Nas semanas de 18 e 25 de novembro, a equipe irá às regiões de Janaúba (Norte de Minas) e Juiz de Fora (Zona da Mata), respectivamente.

Atividade em expansão

O cultivo de arroz em Minas Gerais tem aumentado nos últimos anos. A área plantada que foi de 3 mil hectares em 2023, passou para 18 mil hectares em 2024 e deve atingir 45 mil hectares em 2025. “O preço está bom e temos tido uma alta procura por sementes, vinda de agricultores familiares e, principalmente, de grandes produtores de grãos”, revela Janine Guedes, acrescentando que a EPAMIG se prepara para retomar a comercialização de sementes de arroz.

A pesquisadora chama a atenção para o surgimento de novas regiões produtoras. “É algo muito importante, já que temos uma grande concentração da produção no Rio Grande do Sul. Neste ano, a tragédia climática naquele estado afetou a produção e o país só não passou por uma crise no abastecimento, porque possuía estoque do grão”.

 

* Fotos: Acervo Janine Guedes

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