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EPAMIG estimula cultivo agroecológico em Encontro Regional na Zona da Mata

EPAMIG estimula cultivo agroecológico em Encontro Regional na Zona da Mata

Pesquisadoras Maira Fonseca e Maria Aparecida. Foto: Ana Cristina Ajub - EPAMIG
Pesquisadoras Maira Fonseca e Maria Aparecida. Foto: Ana Cristina Ajub – EPAMIG

(Juiz de Fora, 27.11.2015) – A EPAMIG vem trabalhando para estimular a implantação do sistema de cultivo agroecológico junto aos pequenos agricultores da região de Ponte Nova, na Zona da Mata. Ontem, 26, 140 produtores de hortaliças, vindos de 20 municípios próximos, participaram do 1º Encontro Regional de Agroecologia, no Campo Experimental Vale do Piranga (CEVP), em Oratórios, para aprenderem técnicas simples, mas eficazes, de controle alternativos de pragas e doenças.

“Queremos que os produtores reduzam o uso de agrotóxicos e passem a utilizar alternativas sustentáveis. Para isso, temos realizado um trabalho contínuo junto ao grupo e, ao longo desse ano, fizemos cursos de compostagem, produção de húmus e plantas medicinais”, ressalta o gerente do CEVP, Luciano Jacob. O encontro foi uma parceria entre EPAMIG, Emater-MG e prefeituras de Ponte Nova e de Oratórios. A abertura foi feita pelo chefe geral da EPAMIG Sudeste, Sanzio Mollica Vidigal, pelo prefeito de Ponte Nova, Paulo Augusto Malta Moreira, e pelo gerente regional da Emater em Ponte Nova, Deonir Luiz Dallpai.

Para o chefe geral da EPAMIG Sudeste, a agroecologia é o caminho ideal para a agricultura familiar, principalmente, para que os produtores diversifiquem as culturas. “Toda produção agroecológica pressupõe o uso de boas práticas agrícolas, o que exige tecnologia. Estamos orientando os agricultores para que produzam alimentos mais saudáveis, de forma sustentável e preservando o meio ambiente. Assim, terão maior valor agregado ao produto final”, observa Sanzio Vidigal.

 

Estações de campo

Durante todo o dia, os agricultores participaram de palestras sobre agrotóxico x saúde, agroecologia e segurança alimentar. Nas quatro estações de campo, eles acompanharam, na prática, como funcionam as técnicas de controle natural de pragas, homeopatia na agroecologia, compostos orgânicos produzidos com resíduos vegetais e dejetos de origem bovina e suína, e utilização de caldas alternativas para controle de insetos e doenças. As pesquisadoras da EPAMIG Maria Aparecida Sediyama e Maira Fonseca, além das bolsistas Juliana Oliveira e Juliana Chiguachi, comandaram duas estações.

Já iniciados no tema, os produtores consideram a agroecologia um tema de interesse. A maioria se preocupa em eliminar a utilização dos agrotóxicos e já busca alternativas para isso. “Quero implantar o sistema em meu sítio, onde produzo hortaliças, mandioca, banana e cana-de-açúcar, e parar de usar defensivos químicos. Pelo que aprendi, o segredo é prevenir as doenças e pragas e saber esperar os resultados”, disse a agricultora de Oratórios, Joana D’Arc Silva.

O auxiliar de servente Tiago Januário da Silva, cuida da horta na Escola Municipal Padre Alípio Martins Pinheiro, em Oratórios, onde cultiva couve, almeirão, alface, cebolinha e salsinha. Mais que pensar na segurança alimentar das crianças, que consomem os alimentos na merenda, ele quer conscientizá-las. “Tenho participado dos cursos no campo experimental da EPAMIG e vejo que é possível aplicar técnicas alternativas aos agrotóxicos. Quero passar essa consciência também para os alunos”.

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