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EPAMIG e Embrapa Café realizam, no Sul de Minas, dias de Campo do projeto para a recomendação de novas cultivares para o Estado

EPAMIG e Embrapa Café realizam, no Sul de Minas, dias de Campo do projeto para a recomendação de novas cultivares para o Estado

Eventos vão destacar os primeiros resultados dos trabalhos regionalizados

(Belo Horizonte – 12/4/2024) A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) e Embrapa Café realizam nos dias 23, 24 e 26 de abril, dias de campo sobre cafeicultura nos municípios de Carmo da Cachoeira, Nepomuceno e Carmo do Rio Claro, respectivamente.

Os eventos vão apresentar os primeiros resultados do projeto “Validação de cultivares de cafeeiros e transferência de tecnologias para as regiões cafeeiras de Minas Gerais”, conduzido pelas duas instituições, com apoio financeiro da Fapemig/ Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), Consórcio de Pesquisa do Café, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café (INCT Café).

O trabalho busca a identificação de cultivares de café mais adequadas às diferentes condições de clima, solo e relevo presentes no Estado, a partir de Unidades Demonstrativas implantadas em municípios das nove regiões produtoras (Sul, Sudoeste, Oeste, Campo das Vertentes, Zona da Mata, Vale do Rio Doce, Vale do Jequitinhonha, Norte, Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba).

“Nesta fase do projeto estamos rodando todos os campos para fazer a avaliação de produtividade. A gente passa de cultivar por cultivar, parcela por parcela, atribuindo nota de estimativa de safra. Quando possível, fazemos também a colheita de uma planta de café para validar esta estimativa e fazemos as correções, caso sejam necessárias. E, no dia de campo desta unidade, apresentamos os resultados”, explica o pesquisador Embrapa Café André Dominghetti.

As 40 unidades demonstrativas foram implantadas entre o final de 2021 e o início de 2022, e estão na primeira safra, embora algumas tenham colhido no ano passado. Cada uma das propriedades participantes realizou o plantio de, aproximadamente, 1600 mudas produzidas a partir de sementes qualificadas selecionadas pela equipe do projeto.

“Optamos por cultivares do Programa de Melhoramento Genético da EPAMIG que se destacaram em projetos no Cerrado Mineiro e no Sul de Minas e por cultivares desenvolvidas pelo Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR) do Paraná, pela Fundação Procafé e pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC). Além da cultivar Catuaí Amarelo IAC 62, adotada como referência para o Estado”, detalha o pesquisador da EPAMIG Gladyston Carvalho, coordenador do projeto.

O objetivo do trabalho é avaliar a capacidade produtiva das novas cultivares por quatro safras, para se chegar a uma recomendação mais regionalizada de cultivares de café que atendam aos propósitos de produtividade, resistência a pragas e doenças, adequação às condições de clima e solo, qualidade da bebida, dentre outros aspectos de interesse.

“O crescimento das plantas nos diferentes ambientes de cultivo é distinto. O comportamento de maior parte das cultivares varia de local para local, evidenciando a importância de projetos como este, para a validação das novas cultivares nos distintos ambientes de cultivo. Durante os dias de campo ressaltamos que 2024 é o primeiro ano de colheita. Para consolidar os dados, para ser referência na tomada de decisão, na definição de qual cultivar é a melhor para cada região, é preciso aguardar as três próximas colheitas em 2025, 2026 e 2027”, destaca André Dominghetti.

Programação

No dia 23 de abril, terça-feira, o dia de campo será realizado na Fazenda Caxumbu, em Carmo da Cachoeira, a partir das 8h. Em campo, os pesquisadores da EPAMIG Gladyston Carvalho e Vinícius Andrade e da Embrapa Café André Dominghetti e Guilherme Abreu, vão abordar a importância da avaliação regional na recomendação das cultivares de café. O evento terá ainda uma estação de campo, sobre resultados e perspectivas do Projeto Educampo Sebrae/ Cooxupé/ Nepomuceno, conduzida pelo consultor Thiago Reis.

Os mesmos temas serão abordados no dia 24 de abril, na Fazenda Barreirinho, em Nepomuceno. Também a partir das 8h.

Na sexta-feira, 26 de abril, às 8h, o dia de campo acontece na Fazenda Santa Luzia, em Carmo do Rio Claro. O evento, em parceria com a Cooxupé, contará com duas estações de campo: “Condução e manejo da lavoura”, apresentada pelos engenheiros agrônomos Rehagro,  Diego Baquião e Ernani Zimmermann; e “Variedades de café arábica”, com os pesquisadores da EPAMIG Gladyston Carvalho e Vinícius Andrade e da Embrapa Café André Dominghetti e Guilherme Abreu. Confira a programação.

“Nos dias de campo, a gente apresenta a questão das cultivares, germoplasmas, a origem dessas cultivares, ciclo de maturação, para facilitar o escalonamento da colheita na propriedade. E o técnico que acompanha a produção no local apresenta o que foi feito lá em termos de manejo e tratos culturais“, finaliza Dominghetti.

 

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