(Prudente de Morais, 31/5/2019) Na última terça-feira (28), pesquisadores da EPAMIG e representantes do Subcomitê Ribeirão Jequitibá (SRJ) se reuniram no Campo Experimental de Santa Rita, em Prudente de Morais, para discutir melhorias da qualidade hídrica da Bacia do Jequitibá, composta pelos cursos d’água de Ribeirão Paiol, Ribeirão Jequitibá, Córrego Cambaúba, Córrego Saco da Vida e Ribeirão do Matadouro.
Os recursos hídricos da região, formada pelos municípios de Capim Branco, Funilândia, Jequitibá, Prudente de Morais e Sete Lagoas, vêm sendo fortemente afetados por atividades agropecuárias, assoreamento, esgoto, efluentes industriais e mineração. O território abrangido pela Bacia possui mais de 65% do solo suscetível à erosão, o que faz com que atividades como essas, quando feitas de modo descontrolados, sejam ainda mais prejudiciais ao sistema hídrico da região.
Para impedir o avanço desse cenário, durante a reunião foi apresentado um relatório com resultados de algumas atividades já em curso, como o Projeto Hidroambiental de Difusão de Sistemas Agroecológicos em Propriedades Rurais e o Programa Produtor de Água.
Projeto Hidroambiental de Difusão de Sistemas Agroecológicos em Propriedades Rurais
Em 2014, os conselheiros do Subcomitê Ribeirão Jequitibá perceberam a necessidade de investir em educação ambiental para atender o público usuário da Bacia. Por meio de parcerias com a EPAMIG, Embrapa e Emater-MG, o projeto entrou em execução em 2018 com o financiamento dos recursos da cobrança pelo uso da água.
Durante a reunião do Subcomitê desta terça-feira foi proposta uma visita em algumas das obras contempladas pelo projeto. “Nós fizemos a reunião hoje aqui na EPAMIG para os conselheiros conhecerem toda a estrutura, o que foi feito, como o recurso foi aplicado e também para fazer uma divulgação do projeto e buscar as opiniões e sugestões dos conselheiros sobre como está o andamento antes de ser aberto ao público nesta quarta-feira (29)”, explicou a coordenadora do SRJ, Marley Lima.
Como partes do projeto, dentro da estrutura da EPAMIG foram instalados um banco de hortaliças não convencionais, uma unidade demonstrativa de irrigação e a reativação de uma trilha ecológica. “Todas essas unidades vão ser usadas como ferramentas para auxiliar na transmissão e na troca de informações sobre educação ambiental, conscientizando o usuário da bacia para a preservação daquilo que é nosso bem maior, que é a natureza”, afirmou a chefe geral da EPAMIG Centro-Oeste, Marinalva Pedrosa (foto).
Programa Produtor de Água
O programa tem como proposta atuar nas sub-bacias do Paiol e Marinheiro com o objetivo de reduzir erosões, melhorar a qualidade da água e regular o regime hidrológico dos rios locais. Entre as atividades previstas pelo programa, conduzido pela Secretaria de Meio Ambiente de Sete Lagoas e financiado pela Agência Nacional de Águas (ANA), estão a construção de 300 pequenas barragens (barraginhas), a readequação de quase três quilômetros de estradas vicinais, a proteção e o reflorestamento de 15 nascentes, o reflorestamento de uma área de dez hectares, a construção de 17 quilômetros de terraços e o cercamento de dois mil metros de Área de Proteção Permanente (APP) e mais de cinco mil metros de nascentes.
O momento atual do programa é estratégico. Os responsáveis por ele estão cuidando de aspectos legais para que o programa se torne lei, o que vai garantir continuidade independente de mudanças de gestões municipais.
*
Com informações da Assessoria de Comunicação CBH Rio das Velhas.
