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EPAMIG dá apoio à equipe de avaliação de impactos do rompimento da barragem de Brumadinho

EPAMIG dá apoio à equipe de avaliação de impactos do rompimento da barragem de Brumadinho

Os resultados obtidos até o momento permitem afirmar com segurança que não há evidências de que os rejeitos minerários oriundos do rompimento da Barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, tenham ultrapassado os limites do reservatório de Retiro Baixo e atingido o lago de Três Marias e o Rio São Francisco.

(Felixlândia, 5/6/2019) Entre os dias 9 e 16 de maio foi realizada uma expedição de campo para avaliar a extensão da área por onde se espalharam os rejeitos da Barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, estrutura da mineradora Vale que se rompeu no dia 25 de janeiro deste ano em Brumadinho. A expedição, coordenada pela Polícia Federal, ocorreu ao longo dos Rios Paraopeba e São Francisco e contou com o apoio da EPAMIG Centro-Oeste.

Os mais de 30 profissionais membros da equipe ficaram hospedados no alojamento do Campo Experimental de Felixlândia. O gerente do Campo, Davi Moreira, acompanhou a equipe até o curso dos rios durante os oito dias de trabalho e ofereceu suporte logístico para a expedição. Ao todo, foram utilizadas três aeronaves, dois drones, seis embarcações, onze veículos terrestres, sensores espectrais, radiômetros e dois laboratórios de campanha.

Foto: Divulgação/Semad

Mais de 4 mil dados e amostras foram coletados ao longo de aproximadamente 250 quilômetros de rios e lagos, desde Brumadinho até os reservatórios de Retiro Baixo e Três Marias. Entre os dados coletados estão imagens de satélite, medições radiométricas e hidrológicas, amostras de água e sedimentos de fundo dos corpos hídricos.

Segundo Davi Moreira, que também é morador da região, o temor da contaminação das águas fez com que a população evitasse consumir alguns produtos locais, como os peixes. “Os congeladores estão abarrotados de peixes e o povo está com medo de comprar, pensando que eles estão contaminados”, declarou Davi.

De acordo com os resultados divulgados pela equipe de expedição, é possível afirmar com segurança que não há evidências de que os rejeitos minerários oriundos do rompimento da Barragem 1 da Mina Córrego do Feijão tenham ultrapassado os limites do reservatório de Retiro Baixo e atingido o lago de Três Marias e o Rio São Francisco.

Foto: Divulgação/Semad

Os órgãos ambientais envolvidos no monitoramento do desastre ressaltam mais uma vez que permanecem vigilantes no acompanhamento da dispersão dos rejeitos no Rio Paraopeba. Segundo esses órgãos, a população será imediatamente informada, por meio de comunicados oficiais e da imprensa, sobre qualquer alteração relevante no cenário de poluição decorrente do desastre.

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Coordenada pela Polícia Federal, a expedição contou com a participação da Universidade de Brasília (UnB), Agência Nacional de Águas (ANA), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Institut de Recherche pour le Développement (IRD), Serviço Geológico Brasileiro (CPRM) e Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam). Adicionalmente, apoiaram o trabalho o Ministério Público do Estado de Minas Gerais, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF/MG), Empresa Mineira de Pesquisa Agropecuária (Epamig), Prefeitura Municipal de Felixlândia e empresas de consultoria ambiental.

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