Julgamento aconteceu no último sábado (14), em Belo Horizonte
(Belo Horizonte – 16/5/2022) A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), realizou no último sábado, 14 de maio, a primeira etapa de avaliação dos queijos participantes do Prêmio CNA Brasil Artesanal. O concurso, promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e com a EPAMIG, vai premiar os melhores queijos nas categorias artesanal tradicional de 30 a 180 dias de maturação; artesanal com tratamento térmico; e artesanal com adições/ aromatizados/ condimentados.
Participaram desta fase, realizada em Belo Horizonte, 67 queijos vindos de quatro regiões brasileiras (Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Nordeste), inscritos por produtores cadastrados no Programa de Alimentos Artesanais e Tradicionais do Sistema CNA/Senar. A avaliação das amostras foi feita por 12 jurados, com base nos seguintes critérios: aspecto global (aparência do queijo sem a embalagem), cor, textura (olhaduras, por exemplo), odor (cheiro do queijo), aroma, consistência e sabor.
Os resultados serão contabilizados e divulgados pela CNA na próxima quarta-feira (18). Os cinco produtos melhores classificados em cada categoria serão avaliados por um júri popular, que acontecerá no mês de junho, em Brasília. Os vencedores serão definidos pela soma das pontuações obtidas nos dois julgamentos e na terceira etapa que consiste na avaliação da história dos produtos.
A Comissão Técnica, responsável por essa primeira etapa, foi composta pelos pesquisadores Fernando Antônio Resplande Magalhães, Paulo Henrique Costa Paiva (EPAMIG/ Instituto de Laticínios Cândido Tostes), Daniel Arantes Pereira (Campo Experimental Risoleta Neves/ EPAMIG), Jaqueline Oliveira de Sá e Cristiane Viana (EPAMIG/ Sede).
Minas Gerais e o queijo artesanal
Nesta segunda-feira, 16 de maio, é comemorado o Dia dos Queijos Artesanais de Minas Gerais. A data, instituída pela Lei Estadual 22.506 de 2017, tem por objetivo valorizar o produto feito de leite de vaca cru, sem pasteurização, por meio de processos tradicionais de confecção. O Queijo Minas Artesanal (QMA) é reconhecido pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro.
Os produtores de municípios mineiros foram responsáveis pelo envio de cerca de 70% das amostras participantes desta edição do Prêmio CNA Brasil Artesanal.
A EPAMIG e os queijos
A produção de leite e derivados é tema de um dos Programas Estaduais de Pesquisa (PEPs) da EPAMIG. Os trabalhos concentram-se, prioritariamente, no Instituto de Laticínios Cândido Tostes (EPAMIG/ILCT), localizado em Juiz de Fora, e no Centro de Pesquisa e Treinamento em Queijos Artesanais, que fica em São João del-Rei e buscam o fortalecimento e o desenvolvimento da cadeia produtiva em Minas Gerais, além da identificação de necessidades e oportunidades para o setor e do atendimento às demandas por produtos mais nutritivos e funcionais.
O Instituto de Laticínios Cândido Tostes, que no último dia 14 de maio, completou 87 anos, é referência na América Latina, em ensino, pesquisa e difusão de tecnologias sobre lácteos. É também responsável pela realização do Minas Láctea que, entre outros eventos, engloba o tradicional Concurso Nacional de Produtos Lácteos que neste ano chega à 45ª edição.
“Fomos convidados a organizar esta etapa do Prêmio CNA Brasil Artesanal em função dessa experiência do Instituto. Além do Concurso Nacional de Produtos Lácteos, temos participação na organização de julgamentos em vários locais do país (Ilha de Marajó, Nordeste, Goiás, Espírito Santo, dentre outros)”, comenta o pesquisador/professor Fernando Magalhães.
