Mini usina de lácteos, arroz de terras altas e curso superior de Agropecuária de Precisão integraram espaços da Empresa na feira
(Três Pontas – 20/5/2023) A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), realizadora da 26ª Expocafé, aproveitou o espaço da feira para divulgar alguns de seus trabalhos relacionados a culturas paralelas à do café. Em três espaços diferentes, a Empresa apresentou tecnologias, produtos, cursos superiores e pesquisas referentes à rizicultura, derivados do leite e agropecuária de precisão.
Arroz de terras altas: quitutes são sucesso entre os visitantes
No Ciência Móvel, micro-ônibus adaptado com um minilaboratório que leva as tecnologias da EPAMIG a eventos, ocorreram apresentações, plantões técnicos e degustações envolvendo o arroz de terras altas, conduzidas por pesquisadoras da Empresa em conjunto com o Grupo Melhor Arroz, da Universidade Federal de Lavras (UFLA). O arroz de terras altas tem se apresentado com uma opção cada vez mais viável para pequenos produtores mineiros, incluindo cafeicultores, que buscam aumento de renda e diversificação em suas propriedades.
“Tivemos um excelente retorno por parte dos pequenos produtores que visitaram nosso espaço, procurando por informações e tecnologias a respeito dessa cultura. Foi muito gratificante perceber que estão de fato voltando a plantar o arroz de terras altas em suas propriedades”, contou a pesquisadora da EPAMIG Sul, e coordenadora das atividades no Ciência Móvel, Janine Guedes.
Ao longo dos três dias de evento, a equipe apresentou resultados de pesquisas sobre as vantagens de se plantar arroz nas entrelinhas do café, o que promove benefícios para o solo por deixar uma camada de cobertura. Exemplares de arrozes especiais (como o negro, vermelho e aromático) foram levados com o intuito de mostrar aos produtores a versatilidade da cultura e suas diferentes possibilidades de renda. Também foram servidos vários alimentos à base de arroz, como trufas, bolo de arroz cru e arroz doce. “Estabelecemos contatos com vários produtores que querem sementes de arroz, e pediram que a EPAMIG fosse até suas propriedades para montar Unidades Demonstrativas”, celebrou a pesquisadora.
Via láctea: fila para provar iogurte do ILCT
Outro espaço de sucesso levado pela EPAMIG à Expocafé 2023 foi o Via Láctea, uma mini usina montada pelo Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), vinculado à Empresa, onde são produzidos, in loco, alguns produtos derivados do leite. O espaço é composto por um tanque de expansão, para resfriar o leite; um tanque de queijo; uma fermenteira, usada para fermentação de iogurte; e um resfriador. Durante o evento, a equipe do ILCT produziu diversas variedades de Queijo Minas frescal, utilizando condimentos como pimenta, orégano, azeitonas e alho.
“Servimos esses queijos todos os dias e foram muito bem aceitos pelos visitantes e expositores que passaram pelo Via Láctea. Já o iogurte de frutas vermelhas foi a grande sensação da feira, pois tivemos filas nos três dias e o iogurte acabava sempre em menos de duas horas”, relatou o responsável técnico da fábrica-escola do ILCT, e coordenador da mini usina Via Láctea, Bruno Moreira de Souza.
Ele destacou ainda o trabalho realizado com estudantes, que estiveram presentes no espaço em grupos de excursão escolares. “O Via Láctea tem sempre um trabalho pedagógico e recebemos várias escolas no espaço, com alunos e professores querendo saber como produzir queijos e iogurtes. É muito gratificante podermos replicar esse conhecimento para quem nunca viu um derivado lácteo sendo feito”, concluiu Bruno de Souza.
ITAP: simulador de drones e impressora 3D atraem público
O Instituto Tecnológico de Agropecuária de Pitangui (ITAP), vinculado à EPAMIG, também esteve presente na Expocafé 2023, com a apresentação do curso de graduação em Agropecuária de Precisão e de alguns equipamentos utilizados. “Foi um momento muito positivo para nós, pois pudemos apresentar o ITAP para muitas pessoas que não conheciam o Instituto e se interessaram em saber como se inscrever para o curso superior”, disse o professor do ITAP, Helon Santos Neto. Ele completou destacando, “Recebemos também vários produtores e representantes de empresas que perguntaram se já havia alunos formados, para ingressarem em estágios ou mesmo serem contratados, por conta da grande carência desse tipo de mão de obra no mercado”.
Dentre os equipamentos levados, estavam uma impressora 3D, usada para a produção de protótipos experimentais, além de dois drones (um Phantom 4 Pro e um Mavic Air 2S), para levantamento de imagens e realização de vídeos no ITAP. Um simulador de vôos foi instalado em uma televisão, possibilitando que visitantes pilotassem drones virtualmente.
Segundo o técnico de produção de material didático do ITAP, Alessandro Pereira Botelho, o espaço recebeu desde crianças a idosos, que foram atraídos pelos equipamentos tecnológicos de agropecuária de precisão levados até a feira. “Nosso objetivo era também que as pessoas aprendessem a manusear os equipamentos, como os drones. Foi muito bom poder ver a alegria de algumas delas, que disseram estar realizando o sonho de pilotar um drone pela primeira vez, sobretudo as crianças que nos abordavam diversas vezes”, festejou Alessandro.
Vídeo realizado por um dos drones do ITAP. Imagens: Alessandro Botelho