(Belo Horizonte, 25.5.2018) A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais realizou nesta quinta-feira, 24, em Prudente de Morais, um dia de campo sobre pecuária leiteira. O evento integra a programação da 11ª Semana de Integração Tecnológica (SIT) promovida por Embrapa Milho e Sorgo, Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), Emater-MG e EPAMIG, que acontece até esta sexta-feira.
Cinco estações de campo abordaram temas relativos a alimentação animal como fenação e manejo de capins e alternativas ao milho e à soja em rações concentradas. O pesquisador da EPAMIG Geraldo Macedo, conduziu, junto com o professor da UFSJ Iran Dias Borges, a estação “Viveiro para a produção de mudas de cana” e falou sobre o viveiro de mudas melhoradas implantado na EPAMIG Centro-Oeste em 2002. “Recebemos uma demanda da Emater-MG e, nos primeiros 4 anos, 116 produtores de 16 municípios foram atendidos. Em 2012, uma parceria com a cooperativa estimulou a multiplicação das mudas. Cada cooperado que recebesse mudas, deveria disponibilizar 50% do material multiplicado para que outros cooperados iniciassem a produção”, explicou Macedo.
Os pesquisadores Domingos Sávio Queiroz e Karina Toledo falaram sobre diferimento de pastagem e uso do sal proteinado na suplementação alimentar. “O pasto cresce muito no período chuvoso e estagna durante a seca, mas as necessidades alimentares do rebanho não mudam com as estações do ano”, ponderou Domingos, explicando que o diferimento consiste na reserva de uma área para ser usada durante o período de seca. “Às vezes o produtor já faz a exclusão de uma área do pastejo, mas de forma não planejada. Para o diferimento é necessária a escolha correta da espécie forrageira (as braquiárias são as mais recomendadas, porque não crescem muito) e do período para a reserva, que varia de região para região em função do período chuvoso”, completou.
O pesquisador apresentou resultados do estudo comprovando que não há diferença de produtividade entre as vacas alimentadas no pasto diferido e aquelas que recebem ensilagem. Karina Toledo destacou que a piora das pastagens no período de seca demanda o uso de suplementação. A pesquisadora chamou a atenção para o fato de que um mineral em excesso prejudica a absorção dos demais. “Para saber quais as dosagens de sal mineral recomendadas é necessária uma avaliação e orientação técnica”.
O Campo Experimental Santa Rita da EPAMIG, sediou também outras atividades da 11ª SIT, como o Dia de Campo de Integração Lavoura, Pecuária, Floresta, na terça-feira, 21, e os cursos “Antigos sabores e novas oportunidades de cultivo e de renda: hortaliças não convencionais e plantas medicinais” (também no dia 21) e “Cultivo comercial de peixes em sistema de recirculação”, realizado na quinta-feira, 24 de maio. “Nesta edição a participação da EPAMIG na programação foi ainda maior, fortalecendo o caráter inter institucional do evento. Todos as atividades realizadas no nosso Campo Experimental tiveram as vagas totalmente preenchidas”, informou a coordenadora de Transferência de Tecnologias da EPAMIG Centro-Oeste, Maria Celuta Viana, que também faz parte da comissão organizadora da SIT.
Visita
Também na quinta-feira, 24 de maio, uma equipe do Comitê de Bacias Hidrográficas (CBH) visita a EPAMIG Oeste. Os integrantes foram recebidos pela chefe da Unidade, Marinalva Woods Pedrosa e pela pesquisadora Maria Helena Tabim, que apresentaram ações de educação ambiental e de resgate da hortaliças não convencionais que integram um projeto de difusão de sistemas agroecológicos, aprovado pelo Comitê. Os visitantes conheceram o Banco de Hortaliças não convencionais e puderam experimentar produtos derivados como chá, geleia e peixinho de horta empanado.
Fotos: Erasmo Pereira