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Cultivares de arroz desenvolvidas pela EPAMIG são opções para produtores de Minas Gerais

Cultivares de arroz desenvolvidas pela EPAMIG são opções para produtores de Minas Gerais

Minas Gerais é um local propício para o cultivo de arrozes de terras altas. Entre 2004 e 2012, a EPAMIG desenvolveu quatro cultivares: Curinga, Caravera, Relâmpago e Caçula

(Belo Horizonte – 17/10/2019) Conhecido no mundo todo, o arroz é um dos alimentos mais consumidos no planeta. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), no Brasil foram produzidos mais de 10 milhões de toneladas na última safra em agosto de 2019.

O pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), Moizés de Sousa Reis, coordenou uma pesquisa para o desenvolvimento de cultivares de arroz em terras altas. Com objetivo de desenvolver variedades mais produtivas, de melhor qualidade, resistentes a doenças e queda precoce de grãos, o projeto teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), da Universidade Federal de Lavras (Ufla), e da Embrapa Arroz e Feijão.

Do campo para o produtor

O arroz de terras altas é cultivado em áreas favorecidas pelo regime de chuvas e, em outras situações, sob o sistema de irrigação por aspersão. Por se tratar de um estado montanhoso, a pesquisa é interessante economicamente para Minas Gerais. “A pesquisa pode garantir uma fonte de subsistência para o pequeno agricultor e para agricultura familiar”, afirma Moizés.

O projeto passou por diversas etapas, que incluíram desde a extração de linhagens consideradas avançadas até o cultivo e observação do desempenho das plantas em plantações experimentais nas cidades de Lambari, Lavras, Patos de Minas e Piumhi.

Além dos experimentos, foram feitas multiplicações de sementes de linhagens promissoras e produção de sementes genéticas e pré-básicas das cultivares em uso em Minas Gerais. “Foram realizados experimentos de campo, nos quais se avalia várias características, principalmente produtividade de grãos e análises de laboratório de sua qualidade”, explicou o pesquisador.

Foto: Arroz Caravera

Resultados

O projeto é dinâmico e contínuo, sendo desenvolvido há 40 anos. Segundo Moizés, durante esse período foram lançadas 13 cultivares para o ecossistema terras altas. Entre 2004 e 2012, foram quatro cultivares: Curinga (2004), Caravera e Relâmpago (2007) e a Caçula, lançada em 2012.

“Essas quatro cultivares são muito produtivas, moderamente resistentes às principais doenças que atacam o arroz e possuem grãos de ótima qualidade industrial e culinária”, diz. Elas são as variedades mais plantadas em condições de terras altas de Minas Gerais.

Os quatro cultivares de terras altas já estão disponíveis para os produtores mineiros. Agora, o projeto visa a melhoria em dois tipos do grão, o arroz branco e o longo fino (agulhinha). Em 2019, ensaios apontaram linhagens promissoras, que serão testadas durante três anos para, então, ser lançada como novo cultivar.

Para mais informações, entre em contato com a Assessoria de Negócios Agropecuários (Asagro) da EPAMIG pelo número (31) 3489-5057.

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Com informações de Vítor Hugo Silva do Minas Faz Ciência.

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