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Aberta consulta pública para revisão do arcabouço legal da defesa agropecuária

Aberta consulta pública para revisão do arcabouço legal da defesa agropecuária

IMA convida produtores rurais, cooperativas, sindicatos, entidades de classe, agroindústrias e toda a sociedade civil para participar de pesquisa online

Com o objetivo de desburocratizar e simplificar os atos normativos da defesa agropecuária, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (IMA), abre nesta segunda (28/09) consulta pública para revisar o arcabouço legal do setor em Minas Gerais. 

Produtores rurais, cooperativas, sindicatos, entidades de classe, agroindústrias e toda a sociedade civil podem participar da pesquisa de opinião disponível em  www.ima.mg.gov.br , onde consta formulário que poderá ser preenchido até 28 de outubro. A iniciativa é do Núcleo de Inovação e Modernização (NIM) do IMA em conjunto com a Faculdade de Direito da UFMG.

Coordenadora do NIM, a médica veterinária Mariana Brancaglion espera a contribuição de todos os elos envolvidos no agronegócio, pois cada um é diariamente impactado com as normas que regem a defesa agropecuária. 

“Qualquer pessoa ou entidade pode participar e o formulário é o mesmo para todos. Achamos importante não fazer nenhuma distinção, já que a opinião de cada um é fundamental.  As contribuições serão consideradas quando fizermos a compilação e a análise das informações levantadas”, garante.

São diversas as áreas que compõem o setor, entre elas estão a produção animal e vegetal; agroindústrias; certificação; trânsito de animais, vegetais e produtos; e análises laboratoriais.  Mariana Brancaglion lembra que atualmente o estado não dispõe de um código único voltado para a defesa agropecuária. As normas, decretos, instruções, portarias, dentre outros tipos normativos são extensos e complexos. “Os documentos não estão reunidos, dificultando o acesso do cidadão.  Após a coleta e tabulação de dados das necessidades da sociedade, combinada aos preceitos técnicos, pretendemos transmitir ao poder legislativo essas informações, a fim de desenvolver normas que se adequem à realidade desses públicos”, esclarece.

A atualização das normas relativas à defesa agropecuária é um grande avanço para a relação entre os usuários dos serviços públicos e o IMA. “Por meio dessa iniciativa esperamos construir uma legislação moderna, simplificada, que preze a desburocratização, considerando os interesses públicos e particulares. Para isso, contamos com a colaboração dos envolvidos, pois assim poderemos melhorar cada vez mais o agronegócio no nosso estado”, convida Brancaglion, atribuindo a participação dos elos do agronegócio como uma ação colaborativa entre governo e sociedade. “Para que o produto gerado atenda aos anseios e necessidades de todos, atribuindo eficácia e transparência ao processo”, analisa. 

Inova Defesa

Um dos maiores desafios da defesa agropecuária é a própria natureza da fiscalização, cujo ato é pressionado pela linha tênue entre a autuação de irregularidades no setor produtivo e a necessidade de incentivos ao crescimento do agronegócio. As primeiras discussões sobre simplificação e desburocratização legal do setor iniciaram-se há 10 anos na II Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária, quando foram apresentados os resultados do projeto de pesquisa “Inova Defesa” apontando os gargalos da legislação do setor para o desenvolvimento do agronegócio no Brasil.

Aprovado em 2018, o convênio para revisão da legislação foi assinado entre IMA, Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Sede), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), por meio da Fundação de Desenvolvimento de Pesquisa (Fundep).

No ano seguinte, devido à crise financeira do estado, o projeto foi reformulado para reduzir o custo, viabilizando o início das atividades em junho de 2019.

Padronização

A chave para solucionar diversos gargalos das normas da defesa agropecuária é a padronização dos procedimentos. A legislação atual contém 930 documentos federais e estaduais. Estão listados decretos, portarias, instruções e muitas outras normas que têm sido editadas desde 1934 por diversos órgãos das esferas federal e estadual.

A consulta pública tem o propósito de avaliar o cenário atual, assim como buscar o que será necessário alterar, além de definir o que será preciso revogar e regulamentar.

“O trabalho da equipe do IMA envolveu a identificação, a relação e a análise inicial dos vários tipos de atos normativos das esferas federal e estadual e de diversos órgãos que definem regras e impactam as atividades executadas pelo órgão. Nosso objetivo, além da atualização das normas em termos técnicos e de fiscalização, é o de simplificar ao máximo, adequando às novas exigências”, conclui Mariana Brancaglion.

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