Evento, que foi totalmente digital, está disponível para consulta online
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(Belo Horizonte – 22/5/2020) A Federação dos Cafeicultores do Cerrado, por meio da Fundação de Desenvolvimento do Cerrado Mineiro – Fundaccer, e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), realizaram nos dias 20 e 21 de maio, o 5o. Encontro de Inovação e Tecnologia para a Cafeicultura no Cerrado Mineiro. Em função das medidas de prevenção e combate à Covid – 19, toda a programação foi digital. O conteúdo das palestras pode ser assistido no Canal Fala Café pelo Youtube.
O pesquisador da EPAMIG Gladyston Carvalho abriu o 1o. dia de evento com a palestra “Produtividade das cultivares no Projeto Unidades Demonstrativas”. Na oportunidade, apresentou resultados preliminares da avaliação do desempenho de variedades de café desenvolvidas pelo Programa de Melhoramento Genético da Empresa em propriedades comerciais de diferentes macrorregiões do Cerrado Mineiro. O projeto faz parte de uma Parceria Público Privada (PPP) firmada entre EPAMIG e Federação dos Cafeicultores.
O trabalho conta com experimentos implantados em 25 propriedades, em áreas de sequeiro e irrigadas de 12 municípios do Cerrado, além de uma unidade no Campo Experimental da EPAMIG em Patrocínio. Estão sendo avaliadas 12 cultivares, quatro suscetíveis e oito resistentes à ferrugem, incluindo, como referência, as três mais plantadas na região no ano de 2016. O objetivo é garantir uma recomendação regionalizada de variedades, considerando clima, condições de manejo, produtividade, qualidade da bebida, dentre outros aspectos.
“Estamos no segundo ano de avaliação e já foi possível perceber o incremento da produção e do padrão sensorial. Em algumas Unidades Demonstrativas, a variedade mais produtiva foi também a que obteve maior pontuação de bebida na escala SCAA (Specialty Coffee Association)”, explica Gladyston, ressaltando a colaboração dos produtores que receberam os experimentos na coleta e no computo das informações. “Estamos programando, para 4 e 5 de junho, dias de campo virtuais com números da colheita em 2020 anotados pelos produtores. A expectativa é que em 2022 lancemos um software com dados para facilitar a escolha de cultivar em cada macrorregião do Cerrado”, conclui.
Ainda no primeiro dia de evento, o engenheiro agrônomo Denis Nadaleti, apresentou resultados de testes para a identificação de acessos do Banco Ativo de Germoplasma de Minas Gerais (que fica no Campo Experimental da EPAMIG em Patrocínio) com potencial para cafés especiais. O trabalho, que resultou na tese de doutorado do pesquisador, chegou em cinco materiais que se destacaram pela peneira (16 e acima), perfil sensorial e pontuação da bebida (superior a 84). “Deste top 5, testamos três acessos, em quatro diferentes modos de preparo. O próximo passo é a disseminação do trabalho e, o posterior desenvolvimento de novas cultivares.
Representantes das empresas Bayer e Quanticum fecharam a programação do primeiro dia, que teve como foco a qualidade da bebida. No 21 de maio, as discussões foram acerca do cenário e das expectativas para o setor pós pandemia. O painel, mediado pelo superintendente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado Juliano Tarabal, teve como convidados Nelson Carvalhaes, presidente do Conselho Deliberativo do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Guilherme Morya do Rabobank, Pedro Malta Campos da Nestlé e Georgia Franco Souza da Lucca Cafés Especiais.
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O 5o. Encontro de Inovação e Tecnologia para a Cafeicultura no Cerrado Mineiro teve patrocínio de Bayer, Yara, Rabobank e o apoio da Emater-MG, do Consórcio Pesquisa Café, Unicerp, Sebrae, Fapemig, CNPq, INCT Café, Carmocer; Carpec, Coagril, Coocacer, Coopadap, Expocaccer, MonteCCer, ACA, Acarpa, Acresg, Amoca, Appcer, Assocafé e Assogotardo.