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Alternativas forrageiras para o semiárido mineiro na Expô Janaúba

Alternativas forrageiras para o semiárido mineiro na Expô Janaúba

Palma forrageira é das alternativas para alimentação bovina no semiárido mineiro. Foto: Kellson Tolentino

Belo Horizonte (05.06.2017)- Nesta terça-feira, 6, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) irá realizar o “Workshop alternativas forrageiras para o semiárido mineiro“, no auditório da EPAMIG Norte, em Nova Porteirinha, a partir das 13h. O evento, realizado em parceria com a Emater-MG, integra a programação da Expô Janaúba e tem inscrições gratuitas.

Em cinco palestras serão apresentadas informações sobre palma forrageira, sorgo, milheto, pastagens e silagem. A programação será encerrada com mesa redonda sobre os desafios da alimentação bovina no período de estiagem, na qual serão discutidos produção e armazenamento de forragens e dieta mais adequada aos animais.
A pesquisadora da EPAMIG Leidy Rufino, que realiza estudos com palma forrageira no Norte de Minas, irá falar sobre o uso dessa planta, que é fonte de água e energia e complementa a dieta do rebanho. “A palma forrageira é uma planta com adaptações morfológicas e fisiológicas para suportar prolongados períodos de estiagem, sendo uma importante alternativa de alimento para sobrevivência e manutenção da atividade pecuária no semiárido”, conta.
O professor do Instituto de Ciências Agrárias (ICA)/UFMG Carlos Juliano Albuquerque irá apresentar a importância da cultura do sorgo e do seu uso na forma de silagem para alimentação de bovinos, devido a adaptação ao clima semiárido. Ele vai falar ainda sobre a utilização dos grãos como rações de bovinos, suínos, equinos, peixes e aves. De acordo com Carlos, o que diferencia os tipos de sorgo é a forma no qual se destina o uso. “É necessário avaliar características morfológicas como tamanho da planta, produtividade de grãos, tamanho dos internódios, tipo de panícula, teores de açucares no colmo que direcionam maior aptidão das cultivares”, explica.

Banco de Germoplasma da palma
A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), em parceria com o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), instalou em fevereiro deste ano um Banco de Germoplasma, com 25 variedades de Palma Forrageira, no Campo Experimental Gorutuba, em Nova Porteirinha. O projeto visa o desenvolvimento sustentável da pecuária na região.
Além do Banco de Germoplasma no campo, os materiais genéticos serão conservados e multiplicados no laboratório, neste caso com mudas in vitro.Segundo a coordenadora do laboratório de biotecnologia da EPAMIG Luciana Londe, as cultivares cedidas serão multiplicadas in vitro, por cultura de tecido, para garantir que cheguem ao campo com qualidade fitossanitária. “O próximo passo será o estudo de multiplicação das mudas por biorreatores, tecnologia que acelera a reprodução”, explica.

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