O evento, que debateu a pesquisa agropecuária, alcançou mais de 800 acessos ao vídeo do primeiro dia e teve cerca de 470 participações ao vivo nesta quarta-feira (19)
(Belo Horizonte – 20/8/2020) Após o sucesso do primeiro dia do 4° Seminário de Políticas Públicas – Cenários e Perspectivas da Pesquisa Agropecuária, aconteceu nesta quarta-feira (19) a segunda parte do evento, mantendo o bom público e elevando o número de visualizações para mais de 1.200 pessoas. A conferência, pela primeira vez em formato de webinário por conta da pandemia da Covid-19, foi promovido pela Superintendência de Inovação e Economia Agropecuária (Siea) da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), vinculada à pasta.
Neste segundo dia do seminário, a abertura ficou por conta do subsecretário de Política e Economia Agropecuária da Seapa, João Ricardo Albanez, e do superintendente de Inovação e Economia Agropecuária, Carlos Eduardo Bovo.
O subsecretário destacou o alto nível da primeira etapa do evento, ocorrida no último dia 13 de agosto, com abertura da secretária Ana Maria Valentini e da presidente da EPAMIG, Nilda de Fátima Soares, e palestras de Rafael Vivian (Embrapa), Evaldo Vilela (CNPq) e Antônio Marcio Buainain (Unicamp). Ele também aproveitou para convidar para a próxima edição do seminário, ainda sem data marcada. “Deixamos o convite desde já para o nosso próximo Seminário de Políticas Públicas, que já está sendo elaborado e vai falar sobre o seguro e o crédito rural”, adiantou Albanez.
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Em sua participação, o superintendente Carlos Bovo lembrou as primeiras três edições do seminário, ocorridas em 2019. “No primeiro evento trabalhamos a questão dos impactos das políticas públicas, no segundo analisamos a assistência técnica rural e a agricultura familiar e, no terceiro, o foco foi a certificação. Essas discussões são muito importantes para aprofundarmos na análise sobre nossas políticas públicas e as adequarmos às necessidades e demandas dos produtores e consumidores”, pontuou.
Os vídeos do 4° Seminário de Políticas Públicas estão disponíveis no Youtube da Seapa. Para assistir ao 1º dia, clique AQUI, e, para ver o vídeo do 2º dia do evento, acesse AQUI.
Palestras
A primeira palestra do último dia da conferência foi ministrada pela professora Adriana Bin, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que discorreu sobre os impactos das pesquisas agropecuárias.
“Passamos por um momento singular, em que todos os dias temos nos deparado com notícias sobre as contribuições das pesquisas para a solução deste problema que estamos vivendo, da Covid-19. Com isso, fica cada vez mais claro o porquê de se medir o impacto da ciência e das atividades de pesquisa em nossas vidas, que parece ser o caminho natural para o enfrentamento aos problemas” pontuou a professora.
Em seguida foi a vez do pesquisador da Embrapa Instrumentação, Sílvio Crestana, falar sobre a inovação e as perspectivas para o setor. “Pela primeira vez na história da nossa humanidade o biológico, o físico e o digital estão juntos. E, quando estes elementos se superpõem, temos a chamada sociedade 4.0. Nela, é muito mais importante lidar com dados do que com máquinas pesadas, por exemplo. Temos que aprender a lidar com esse conhecimento móvel, mais rápido, da agricultura 4.0, que tem como base a automação e conectividade”, afirmou Crestana.
A última palestra foi conduzida pelo diretor do Conselho Nacional das Entidades Estaduais de Pesquisa Agropecuária (Consepa), Rafael Fuentes Llanillo, que fez um panorama do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA), constituído pela Embrapa, organizações estaduais, universidades, institutos de pesquisa federais e estaduais, além de outras organizações públicas e privadas ligadas à atividade.
Em sua fala, ele destacou o sucesso do Brasil no desenvolvimento agropecuário e lembrou da importância de se manter esse crescimento aliado à sustentabilidade. “Somos o país mais preservador do planeta, em termos da nossa agricultura e agropecuária. Nossa produção utiliza somente 30% da nossa área total. São 66,3% de áreas de preservação, sendo 25,6% delas dentro das propriedades rurais. Temos que continuar nesse caminho, mantendo a preservação, para termos um maior valor agregado aos nossos produtos”, considerou.
Debate
Após as palestras, foi a vez dos convidados participarem de um debate ao vivo, moderado pelo diretor da EPAMIG, Trazilbo José de Paula, quando foram feitas algumas perguntas envias no chat do evento pelos participantes.
“Tivemos participação de pessoas de vários estados brasileiros, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Bahia, Goiás, Paraná, Brasília, São Paulo e de todas as partes de Minas. Queria agradecer a presença de todos, pois foi pensando em vocês que promovemos este evento”, destacou o diretor da empresa vinculada à Seapa.
